AMANHÃ

AMANHÃ
Andando em campo, cabisbaixo
Sorvendo aragem, bela manhã
Águas correndo morro abaixo
O hoje eu sei, e o amanhã?
Descortinou-se... breve momento
Uma ansiedade jamais sentida
Dia haverá... sem sofrimento?
Chegada a hora da partida.
Plantei poemas, também flores
Em corações inexplorados
Colhi amores, mas também dores
Eu consegui... deixei recados.
No fim da trilha, um belo lago
Parado, tenso, olho 'pro fundo'
Inda medito ensimesmado
Depois daqui há outro mundo?
Não tenho bens para os deixar
Mas deixarei, tenho esperança
Um pouco aqui, um pouco ali
Nalgum lugar, minha lembrança.
Autor: Paulo Rogério Pires de Miranda
S. Paulo 31/10/06-Direitos Reservados