Diário de Paulo Rogério Poeta

Esta é uma página externa, da minha página interna onde acalento e formulo meus textos poéticos. Sem nenhuma pretensão de ser tido como poeta, quero somente expressar o que de belo trago em minh'alma.

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Uma pessoa assim como tantas outras: idealista, romântica, sonhadora. Com todos os defeitos de um ser humano, porém com a virtude de ser extremamente humano. Meu verso preferido sobre eu mesmo: Sou um poeta, sou sonhador Eu vivo a vida, vivendo amor.

Friday, February 22, 2008

O POETA DISSECADO


O POETA DISSECADO
O poeta é transcendente
Não tem tempo, não tem hora
É futuro, é presente
É também um ser de outrora
Retratista das estrelas
Sentimentos, natureza
É mesquinho, inexpressivo
Com arroubos de grandeza.

Das palavras faz cinzel
Seu poema uma escultura
No castelo ou no bordel
Se inspira c'alma pura.
Sociólogo, político
Sacerdote, professor
Psicólogo, propedêuta
Analista, consultor.

Um explorador da alma
Falso ingênuo, idealista
Perspicaz, um literato
Acadêmico ou bolsista.
Fingidor classificado
Pelo grande F. Pessoa
Vivedor alienado
Sonhador que ao tempo voa.

Beberrão de vinho lírico
Um boêmio ao despudor
Cidadão do mundo onírico
Um altar do deus Amor.
Segue a vida, seu destino
Como o mar reflui na onda
Sabe mal qual seu caminho
Nem conhece a sua sombra.

Paulo Rogério Pires de Miranda
Todos os Direitos Reservados

Friday, February 15, 2008

PROMESSA


Sou teu amor e teu amante à moda antiga
Do tipo que verseja, canta, manda flores...
Trago no peito aquele amor que é terno, abriga
O bem maior que em ti dissipa amargas dores.

Um novo olhar, novo horizonte, doce encanto
À ti prometo pra que tenhas nova vida
Possível for inda mui mais e outro tanto
Nem de lembranças quedarás entristecida.

Serei desvelo, força, amparo, par presente
A tua fonte de prazer... tantas delícias
Encontrarás entre meus braços docemente

A plenitude de mulher... entre carícias
Nenhum de nós sentir-se-á fraco, carente
Aos olhos d'outrem outra história fictícia.

Paulo Rogério Pires de Miranda
Direitos Reservados

Friday, February 08, 2008

LABIRINTO DE EMOÇÕES



Em toda alma um segredo
Em fantasia uma ilusão
Em descobrir-se sentir medo
De ser refém do coração.

Num labirinto... fundo escuro
As emoções já recalcadas
"Ser teu pra sempre" um perjuro
As esperanças calcinadas.

Dar-se à quem imerecida
Assim, insano fez-se então
Manipulando-se uma vida
Que derrocada pôs-se ao chão.

Amiúde isso acontece
À quem amou demais um dia
Se toda flor ao sol fenece
Amor também feneceria.

No levantar-se interiormente
Redescobrir nova paixão
Liberação... nova semente
Um sim à vida, e à morte um não.

Paulo Rogério Pires de Miranda
Todos os Direitos Reservados

Wednesday, February 06, 2008

COMO SE VIVE


Não sou rico, poderoso
- mas, me dou muito valor -
Dirigente, mandatário
Ou qualquer outro feitor.
Sou pequeno, inexpressivo
De mim levam, quem me trás?!
O amor que em mim é fonte
A jorrar cada vez mais.

Ganhador sem ter vencido
Como dizem: nesta vida
O que se ganha se consome
Nos consome toda lida.
Só se vive de alegria
Ou então de sofrimento
Pouco vive-se aqui fora
Muito mais, se vive dentro.

Autor: Paulo Rogério Pires de Miranda
Todos os Direitos Reservados ao Autor